sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Num lugar

Num lugar do morro Mancha Negra, cuja viela não quero lembrar, vivia, faz pouco tempo, um avião do tráfico, dos de FAL, Uzi e três-oitão, fusca velho e colete a prova de balas obsoletas.
De comer, mais espetinhos de vaca que de carneiro, além da gororoba daquilo que restava disto; aos sábados, feijoada e cachaça barata. Do que sobrava da grana, drogas, uma camiseta ou outra, Nike paraguaia, e tênis “de molas”.
Tinha no barraco uma avó que passava dos quarenta, três ou quatro esposas que não chegam aos quinze e um moleque, para os pequenos bicos.
Quando se aventurou à gerência, tomou dois tecos na cara. E apareceu coberto com melhor lençol moinhos santista, que genitora guardava, caso se tornasse um “cavalheiro”...

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