domingo, 26 de fevereiro de 2012

Esquisita

Esquisita, era que se dizia da mulher de Adalto. Sem antecedentes, é bom esclarecer, mas possuía um espaço-reservado-às-autoridades quase natural. Gostava, porque sim, de fardas, patentes e sujeitos eleitos com votos. Entretinha-se olhando o nascimento das intrigas. Porém, ressalte-se, ninguém nunca a viu lançando tais sementes. Era do tipo rolhada, que nem sombra fazia às luzes ralas dos presentes nas reuniões festivas. Só muito mais tarde descobriu-se, pelo fio de soluço que soltou desavisada, que seu mal se originara na frustração de ver o marido reprovado na escola de cadetes. Bem que sugeriu a ele eleger-se, vereador que fosse, mas queda do homem pela educação acabou por transformá-lo em professor. E ela, nisso...

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