segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Tinha honra

Tinha honra de outra espécie. Visionária... seria. Não pela quietude ao tratamento de palerma, que lhe era conferido por Paula, nem pela pinta de nascença – oculta feito pérola, na concha ou no cofre da joalheria. Era, na verdade, espécie virtude ou talento ímpar para as boas ações. Nem sempre entendidos tal como praticados. Irineu lançava às águas do rio todos os brinquedos eletrônicos que surrupiava das crianças. Flagrado uma vez na insensata conduta, disse que só assim não haveria estímulo à inveja nas futuras gerações. Pouco dado às fábulas, o padeiro que o pegou no gesto contou à cidade o hábito de Irineu: imediatamente expulso de suas funções no parque infantil.



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