domingo, 14 de agosto de 2011

Outrora a aurora

Outrora a aurora havia com tempo e hora. Acreditava nas revelações dos mágicos, na desnutrição dos padeiros, ousadias de sacristãos, filigranas de tigres, frescor das hortaliças. Não havia dúvida, mesmo na descrença, discórdia na peleja ou gravidade nos problemas. Perfeito estúpido, cria porque sim. Dava gosto o desprezo à desconfiança. E o melhor era ser igual a todos no dever e modos. Fazer os olhares gêmeos, gemer às dores mútuas. Poucos se portavam de maneira a parecerem atribulados, prósperos de fardos e de diálogos que fugissem à utopia. A inutilidade era integral.

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