sábado, 28 de maio de 2011

Fácil para

Fácil para o vício. Entre o futuro e o passado, era Homero e ponto. Quis passar desapercebido pelo presente. Fez força, planos e tal, mas não havia como esquecer-se daquilo: o ópio ou outras drogas que lhe motivavam a alma. Quis então encerrar aqui e agora seu propósito de novas buscas, sem êxito ante os pensamentos precavidos no planejamento dos êxtases que poderiam vir. Um extemporâneo, esse Homero. Acendeu outro defeito, cheirou muitas inclinações para o mal, injetou o desregramento habitual em suas veias calejadas, inalou deformações do caráter. Ainda se tocasse guitarra, escrevesse versos ou quem sabe pintasse uma obra, mas nada disso incrementava aquele sorriso amarelo. Nem a cada mil lágrimas lhe saía um milagre, como ouviu na música. Foi a conta e o encontro. Deu-se por morto, embora a vida insistisse em resguardar-lhe um próximo e imediato barato!

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