sábado, 23 de junho de 2012

Era uns aras

Era uns aras, somente sôs, ufanos uais, lentos ponteares aqui e alhures, num intimista São João das barrancas lisas à jusante da nascente de água doce, inclemente de lambaris e bagres, nas proximidades aqui de casa. Assim, causos compridos, ao bel prazo das imaginações sem pressa. O nariz de tudo cheirava um quentão com pouco gengibre, de safra rala e cachaça farta. Gosto de costume. Mania de entrar com o pé direito, mesmo com a cabeça às tontas. Na roda do fogo, a batata-doce é fina flor, o sensível dos pelos zela pelo milagre do aquecimento. E que desiquilíbrio de santo! Alegra a gente por dentro, e nem repara esse mundaréu de cores que provoca nos enfeites e nas roupas. Acha que vê os grisalhos nos cabelos?

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