terça-feira, 15 de maio de 2012

Garfo à direita

Garfo à direita. Do outro lado, a faca. Concernente à pessoa de Horácio, aquele era o começo. As disposições se multiplicavam. O guardanapo haveria de estar sob a faca, de maneira a abrir margem calculada também à taça (ou ao copo, nas situações menos formais). Um homem feito de demarcações, era Horácio, que encarava a obsessão como virtude. Imune ao improviso preferia não comer. Ou morar, se a mesa fosse colocada à deriva do círculo central da sala. Exagerou a tal ponto nas formas, que Madalena se furtou em lhe conceder seu conteúdo. Vosmecê é um ferimento em minha pele de jambo, falou desleixada. Horácio logo apanhou os esparadrapos. Haveria de curá-la aplicando-os em cruz. Dois centímetros em cada ponta...

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