sexta-feira, 25 de março de 2011

Tremula a chama

Tremula a chama ao lado do dinheiro arrecadado. Convocações às pressas, dores e miudezas. Tudo tão inoportuno quanto viver. Suscitou que Ciro se foi assim, entre perdizes e faíscas, no mato sem expensas onde se fanatizou caçador e só. Lá bem longe da vila mais próxima, no errado das caças. Farta pouca fartura. Autoridade a ninguém. Pelo bem também escravo ou empregado de ninguém. Contestação explícita do nada. Noites adentro de mistérios solos, mal dormidas fomes. Pego de bruços não movimentou uma palavra. Na metamorfose pra vila teimou pelo peso, mas o carregaram assim mesmo, já morto. Chovia ralo na cabana, que como uma nau a pique, palpitava inquietações. A vaquinha pro velório, pinga e coisas leves em voz baixa. Finalmente parado, só esperando, ele não encafifava mais nenhuma fuga. Paradão deitado. Agora parece que está tudo em ordem... vão enterrá-lo, com reza e tudo.

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