terça-feira, 8 de novembro de 2011

Só a vila

Só a vila Santa Providência tinha sido atingida. Tudo o que havia de bom tremeu na hora da chuva. O alagamento foi lento. Feito o ritmo da bebida daquela hora, que tomavam Zé Tirso e Manuelzinho, na venda do Tônio... foi subindo, junto com o descrédito de todos os que assistiam. Em horas, havia um rio sobre as secas toras dos fogões à lenha. A menina bebê morreu e se foi, nas águas, pra um céu. Os horrores se perderam naquele espelho de moldura alaranjada, que se manteve dependurado durante anos na parede do bar, refletindo apenas o presente, sempre.


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