quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Mancando por todos

Mancando por todos os lados, abalizava as pechas e miudezas dos aleijões banalizados. Expunha-se porque sim, aos gritos e xingamentos dos moleques ávidos por farras e forras. Narcísio jogava-lhes pedras, que guardava nos tortos bolsos da calça disforme. Assim pagou patos e pecados, especialmente o estrito, que lhe motivara a desordem física. Aquele iniciado quando, apenas corcunda, faltou com respeito às filhas de Dona Belinha, e recebeu como castigo os fragmentos animalescos de cada um dos sete tios das moças. Desapareceu por uns anos, mas voltou outro, torto. Exposto como bolo em festa. Até tentou solícitos contatos na vila. Bons dias, boas tardes, noites. Mas lá não havia nada para se festejar.

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