sexta-feira, 6 de abril de 2012

Palmilhando milhas

Palmilhando milhas, o louco chegou à cidade seguinte. Fora expulso pela gente boa e sã de Tordesilhas do Sul pelas inconveniências que causava às tantas. Por o osso de frango entre os dentes e dizer “ói sua plástica” à mulher do prefeito foi o ápice. A ordem surgiu de cima, do major, cuja esposa frequentara o mesmo cirurgião da beleza da primeira dama. Chegou ao novo lugar sem eira, beira ou osso. Fez de albergue o banco da praça, dançou um tango imaginário aos presentes e rumou à obstrução do trânsito da esquina, com sorrisos ausentes e corpo presente. Logo deu barulho, deu polícia, deu adeus. E praticou a longimetria quilômetros mais, até chegar ao rumo de sua próxima exclusão.

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