sábado, 28 de janeiro de 2012

Fora um lapso

Fora um lapso pra lá de falso. Na casa daquela que viria a ser sua mulher, Alberto encontrou muito azeite, uvas, vinhos e queijos dos muitos tipos, mas também inúmeros cunhados. Deveria se dever àquilo o fato dela ser tão silenciosa. Como falar, se única mulher e mais nova? Jogo escondido, depois notaria. Lá, se calava, mas esposa no próprio lar se pos tagarelar como galinha d’angola: tô fraca, tô fraca, tô fraca, dizia com a força de uma leoa em êxtase. O bom Alberto, que desconhecia a máscara, passou a aguentar essa música sem parâmetro. Essa Ana tagarela e mala. Esse enfeite sem a mínima lógica, que lhe sentenciava epitáfios em vida. Preferiu visitas à casa da sogra, onde havia queijos, vinhos, uvas e azeite, ainda que divididos com inúmeros cunhados.

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