Inquilino de todas as apostas, Clodoaldo, desde fedelho, viu-se cercado por parentes descrentes ou demasiadamente crédulos. Mal deixou os maus lençóis, então adolescente problemático, e alguns logo disseram que seria médico, dado o seu poder de curar entraves. Jeitoso, decifrador, contaminava aos cacos os pensamentos dos tios e tias. De repente, um furto, briga ou droga. Lá estava mão de Clodoaldo na velha cumbuca. Todos os sonhos dos tios tombados e ele, com a água no queixo, soltando esguichos pela boca, feito encantadores chafarizes. Tudo de bom, tudo de bem. Passava outro feito seu. Mudou-se do lugar já quase adulto, mais por curiosidade do que por necessidade, e mesmo os maledicentes contam que está ótimo. Vivendo feliz na capital, como que para sempre.
sábado, 7 de abril de 2012
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