Pelo agrado ao lado sabe-se bem que Beatriz está com coisa. Revoltadíssima e sempre enguiço certo, a moça não é de boas palavras com ninguém. Fala como um solo de harpa, cheia de notinhas, hostilidadezinhas, pequenos venenos in vitro. Agora essa? Beatriz é ilhota inflamável, com vulcão pronto a entrar em erupção quando alguém tenta atracar em sua prosa. Vê-la, assim, toda Bora Bora, despejando maravilhas e charmes, dá desconfiança na gente! Esses braços, feito afluentes, serpenteando as pernas e os joelhos de Joel; essa carência insubsistente nos olhos; esses novíssimos modos de Nossa Senhora, carregando o menino e pisando na cobra; não, não, isso é o avesso de Beatriz. Ela é fura bolo ou mata piolho, nunca mindinho ou seu vizinho. A gente se engana até com a boca do Rex, acha que ela vai lamber e ela morde, mas com Beatriz?
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
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Como sempre, meu amigo, é um prazer imenso ler seus textos.
ResponderExcluirUm abraço, Feliz Natal e um ótimo Ano Novo para você e sua família.