domingo, 5 de dezembro de 2010

Desbloqueio

Desbloqueio da cachola meus projetos primordiais. Um tanto mato, outro mar. Alto de uma montanha, eremita raitéqui. Ou na ilha, plugado apenas nos interesses do ego. Outros seriam wireless, uai, rindo dos reles. Todos no ar, mas sem vê-los. Um mundo tocado a e-mail, sem essas coisas que ême, sem esse, sem êne. Deu saudade?: mail. Não deu: ego. De repente nem precisaria do mato, nem do mar, mas o entorno sempre supre solidões eventuais. E meus projetos prevêem, mas não admitem solidões eventuais. Espantozinhos só às vezes, com coisas sonoras: um besouro que pousa na mesa, um vírus que apita no computador, lata que cai lá fora, curto circuito que estala nos fios próximos, cruz credo. E se a falta de hostilidade der tédio, caço aranhas, baratas ou outros bichos... gente peçonhenta, nunca mais. Sim, poderia ter um cachorro: dócil e bonachão, só pra ouvi-lo contar da vida.

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