Desfazia a fala de pouco, porque algo o desagradava nas palavras. Então empilhava frases, como se as ideias que precisasse expressar fossem produtos de uma loja parafusos, em caixinhas, umas sobre as outras, mas o que faltava mesmo era algum conteúdo: no caso, um ou outro parafuso, fosse uma metáfora torpe. E com Juliano, dessa forma, não se combinava nada, sob pena do trato sucumbir ao seu humor. Olhávamos com tristeza aquele moço atento, de olhar compenetrado, atenção plena e uma disposição sem pares para concordar com todas as nossas ideias. Tratante de uma figa.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
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aooo Alaor!!!
ResponderExcluircomo vai?
obrigado pelo comentário.. e eu gostei das poesias.. seriam elas poesias marginais?
abraços!
Nessa nossa vida conturbada ou "atro pelada", as vezes fazemos parafusos, muitos parafusos. No final vamos perceber que faltaram as roscas.
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