Impeliu a faca, impediu a fala e imperou sobre a mais simples brincadeira das crianças: o balanço dependurado ao galho da árvore. Saiu do fundo de seu apartamento em frente, feito cavalo picado por vespa no ápice da parada. Tinha uma camiseta como veste e uma calcinha à mostra, além de esplendorosos gritos, com nenhuma distinção ou tato. Pôs em susto a petiz em pé, que empurrava a outra, no vai e vem do ar. Girava contra o juízo de facão em punho. Cascavel e guizo no barril de pólvora. Circunstância que lhes colocaria em risco a existência, pensaram as meninas afônicas, em carreira. A dona da lâmina não lhes queria o coração, o fígado ou o escalpo, apenas tirar as crianças da frente de sua casa. Com a maestria de um carrasco laminou a corda do balanço. Colocou em prática a justiça da maldade. “Cada qual que brinque em frente à sua casa!”.
segunda-feira, 2 de maio de 2011
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