Gingando e andando praticava as suas. Por não dar-se ao trabalho, optou pelos fáceis furtos: uma casa descampada aqui, com acachapantes limpezas de objetos e coisas; um ganho ali, nas recepções de consultórios, balcões de bares, lares ou supermercados. Evoluiu ao roubo, quando os trocados de tão pouco já não lhe rendiam pequenas drogas das leves ou pesados amores fáceis. Especializou-se em roubar cabelos de crentes, às quais rendia e cortava-lhes os fios na altura da nuca, para depois os vender às peruqueirias. Ninguém lhe sabia o nome e virou vulgo, no jargão policial. “Maníaco da cabeça”, para os tiras. “Barbeiro do Ente”, para as crentes. Distraiu-se na fama das manchetes muitas. Propagou seus feitos aos chegados seus. E surpreendeu a cidade na primeira foto estampada na capa do matutino: Brédipite Jonedipe da Silva, 19, era careca.
domingo, 22 de maio de 2011
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