A família de Tamires logo se viu em péssimos lençóis. Pior, alguns deles até com algumas marquinhas de sangue. Fabrício, o noivo, subitamente desaparecera, quando não faltava mais do que quinze dias para o tão sonhado casamento. Foi o tio Carlos, distraído, mas não desavisado, quem encontrou casualmente o moço na linha norte do metrô. Meio sem jeito, o ex quase sobrinho lhe contou sem graça o motivo da fuga. Ante as recusas outras da noiva, passou a furá-la na coxa com um alfinete de costura e lamber-lhe o filete de sangue. “Vampiro!”, esbravejou o velho, mas logo tratou de ouvi-lo. No início, Tamires relutou. Depois para manter as aparências, até deixava, meio a contragosto. Foi ficando triste e pálida, e mal podia ver o noivo, ainda que a mãe insistisse: “desça Tamires, Fabrício chegou!”. A compulsão aumentou no rapaz, e ele próprio, sentiu-se um desequilibrado. Optou, então, por sumir da vida da amada. Porém, confessou ao tio Carlos, a psicopatia não desaparecera. Com um alfinete na mão pediu licença, disse adeus e foi para o fundo do vagão, onde avistou uma linda moça morena.
terça-feira, 31 de maio de 2011
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