Crônicas de alto impacto e baixa resolução, criadas a partir de pixels da sociedade que andam perdidos aí, por esses ares virtuais.
Retalhos cotidianos, cenas contemporâneas ou extemporâneas, essas coisas...
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Impressão danada
Impressão danada essa primeira. Não queria que ficasse, porque o soslaio dos olhares enviesava as aparências. Mas é a que fica. Antonia ficou assim, eu assado. Depois dava pra ver que haveria sequelas. A amplitude dos intervalos era de raiva. Pequenas pausas para a formação de faíscas, aprontadas para um novo olhar. A frieza é fogo. Incomodados que se cuidem. Então, de novo, o viés do desequilíbrio. Perdoem damas presentes, mas hei de mandar Antonia à merda. As fagulhas inquietas já não respeitavam o gatilho dos breves espaços de tempo, ativaram-se involuntárias. Antonia era um desses acidentes históricos: tinha que estar lá naquela exata hora na qual eu também estava. Nenhum afazer que impedisse sua presença. Nenhum compromisso. Nenhuma obrigação. Antonia é mesmo uma a toa. Vagal... coisa ruim.
brasileiro, casado com Daniela Portela, pai de Vinícius e Ísis, publicitário, mestre em Literatura Brasileira (UNESP), colecionador de músicas e razoável cozinheiro.
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