Dedou descarado o falso latim do professor. A contratio sensu, ainda massacrou, esse homem é um improbus. Então fiat lux, para não haver mais panem et circenses. A galera acompanhou admirada. De que culto google Aderbal haveria sacado aquelas expressões, justo ele, o mais displicente aluno da sala. O professor pareceu não se ofender, prosseguiu com aula e uso do tal latim denunciado. Tollitur quaestio, finalizou a questão, lembrando que Aderbal para babar faltava pouco. Num dialeto inacessível, contou uma longa história, que resumia-se no roto rindo do rasgado, ainda que não confessasse a culpa pela animus laedendi, sua expressa intenção de ferir. Se fazer-se de rogado, Aderbal orquestrou o apoio dos amigos, quando de maneira ambígua disse o mestre tinha essas falhas, como bem revelara dona Glória, antiga namorada do catedrático. Dura lex, sed lex, pensou o professor, e num arrombo de vulgaridade, estalou o brado: “vá se f...., Aderbal!”.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
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