Na estante, o vaso. Uma imagem de um dragão chinês, cerâmica xavante, galinha d’angola e esculturas em pedra sabão que Cortázar, Bolaño, Borges, Unamuno, Góngora e Cervantes jamais imaginaram. Era dos hispânicos e latinos a estante com tais heresias. Não que a tivessem adquirido em períodos distintos. Pelo acaso se juntaram a ela, e conviviam bem, cada qual com seus enredos. Nunca se atreveram a jogar o xadrez no tabuleiro de barro, pois tinham destinos distintos aos seus reis, bispos, torres e cavalos: peões de ideias. Ali, lado a lado, estavam prontos a explicar seus pontos, sem os entregar. Curiosamente dependentes de alguém que lhes distinguisse dos vasos, dragões, esculturas ou das galinhas d’angola...
terça-feira, 22 de novembro de 2011
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