Com muito gosto e honra, tal Xerazade contemporânea, Talita contava histórias ao marido Sandoval, que além de traído sofria insônia. Contou que os vultos que ele julgara ter visto evadindo-se pela janela, assim que parou o carro, eram de dois gênios, que ela imaginara também ter visto, com os sacos de desejos já saturados, portanto, incapazes de atender a novos pedidos. Sandoval ficou maravilhado: “como é agradável e assombrosa a sua história, minha flor”. Talita então lhe disse que também sonhou que novos gênios surgiriam, e que jamais perdera a esperança de que um deles, enfim, haveria de garantir o futuro do casal, suas cobiças e anseios imensos. Sandoval se deitou no sofá, abriu uma garrafa de refrigerante e tomou o que havia, quase num gole. “Você guarda o gênio aqui, tá Talita?”. Ela sorriu, que sim.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
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