segunda-feira, 7 de março de 2011

Querendo

Querendo o Homero entrega. Pode pedir sem receio, ele não liga. Já rodou mais de cem quilômetros só pra levar ao viajante. Naquela altura, se precipitando, não deixou o alpinista na mão. Homero é um mito dos bons serviços. Exerce o dever. Para levar ao tratador do zoológico não se intimidou na jaula dos hipopótamos. E ao burocrata do guichê da prefeitura? Pegou uma fila de mais de duas horas, mas foi batata! Ficou louco de fome quando sentiu o cheiro daquele pão chegando ao ponto, mas foi batuta na encomenda do padeiro. Nado de peito, nado de costas, nado crawl, e lá estava ele, com o pacote do capitão do navio. Seria capaz de percorrer o inferno para não decepcionar o diabo, ou subir aos céus, se o destinatário fosse Deus. A fama de Homero já cruzou montanhas. E é justa. Muito justa.

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