A dificuldade começa no momento em que a onça, depois de dominada por meu tio e seus dois compadres (matutos sacudidos de braços fortes), insiste em fazer valer seu direito a morar no mato. Meu tio diz que é preciso ter influência sobre a bicha, palpitar na realeza, mas só eu sei. Pra mais de ano perdeu o mindinho, e não era das grandes. Depois foi numa dessas vontades da felina que ganhou aquele apelido feio: meia bunda. Foi um nhoc e um grito, mas ele conservou o hábito. Agora mesmo anda lá pelos lados do Brejo do Cintra, fundão esquerdo desse pantanal sem começo nem fim. Ele mais os dois. Todos cheios de falhas, carentes de pedaços da perfeição da espécie humana. Às vezes leva dias, mas eles enfrentam, palpitam. Fazem o arremedo de cria e a tigrona aparece. Muda de ideia quando vê que são eles, pensa em comida, acho. E o loucos esperam ela chegar pra dar o bote antes. Daqui a pouco voltam, sem sei lá o quê.
sábado, 5 de março de 2011
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