quinta-feira, 31 de março de 2011

Danada da pressa


Danada da pressa que fez Tárcio perder Paulina, pelos minutos que se antecipou ao fim do baile de formatura, no qual ela esperava que enfim, depois de quatro anos cursando juntos administração de empresas, ele pudesse redimir-se do descuido de mal tê-la percebido afim, ainda que se sentasse próxima a ele nos poucos minutos em que o rapaz permanecia em sala de aula, antes de arrumar uma outra pressa, dessas de um telefonema urgente ou tia doente, para ausentar-se correndo, como se sua ausência, no suposto outro episódio que motivara a correria, fosse tão imprescindível quanto aquela coisa que crescia platônica no peito de Paulina, levando-a a cometer o descuido de deixar todos saberem de seu interesse urgente por Tárcio, o que motivou incontáveis gozações, especialmente da parte dos colegas homens, que com ela brincavam sem piedade: - Esse Tárcio é um ligeirinho relapso!

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