O pacto do pato era com os jogos de videogame. Não ganhava nunca. Nas diversões solitárias jamais conheceu uma segunda fase. E tentava... Sonhando que desse liga, virava a noite naquilo, entre estridentes sons metálicos e infalíveis telas negras de game over. Betinho nunca entendera bem porque Normando era aquilo. Bons conselhos, dicas certas e até narrações em tempo real sobre os procedimentos que o amigo deveria adotar para não errar, Betinho os dava. Chegou mesmo a propor-lhe um segundo pacto: lerem juntos um romance sobre as Cruzados; quem sabe Normando pudesse enfim absorver o quanto é ruim ser ruim em alguma coisa? Mas nada, Normando deu play e prosseguiu sua sina derrotista. Já está na fase adulta, mas sabe bem que o jogo terá uma terceira fase, ante do game over.
quinta-feira, 17 de março de 2011
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