Olhou no fundo da mentira, quis mais. Achava que aquilo era de nascença, então pouco se lixava. Era um vinagre em tonel de carvalho. Um filé de lagosta no meio do pão amanhecido. Quando Evavilma argumentou que avó sofria de gota, e naqueles dias mal andava, Toledo receitou barbas de milho, porque sim. Fora há anos ao velório da velha, então avó de Celsinho, primo irmão de Evavilma. Mortas não sofrem de gota, pensou faceiro, mas deu corda. Faria um suco de cebola para mostrar à moça como haveria ela de fazer à avó. – Beba tudo! Insistiu matreiro. Evavilma relutou, porque não. Foi a deixa pra Toledo. Melhor que aquilo só alho mordido; alfafa ou grama, mesmo, ambas bem batidas. Já às lágrimas, a moça confessou o embuste. Toledo disse que sim, a perdoaria. De cena fez-lhe um aceno e se foi, com um oceano de glórias.
sexta-feira, 18 de março de 2011
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