Por conta de um desentupidor da infância, Adolfo adulto teimava que o diabo era verde, jamais vermelho. Dizia que o cão era duro com um metal, que uma vez exposto ao fogo durante um longo período acaba se tornando esverdeado, até enveredar pelo verde puro. Depois havia a possibilidade a existência de florestas em parte do inferno, que ao contrário do Sol, a luz, poderia não ser quente por todos os lados. Desde que o mundo é mundo o diabo estaria exposto à clorofila parcial, e você sabe, depois de muita clorofila... Adolfo não poupava argumentos extemporâneos. Em roda no bar, chegou mesmo a comprovar que o tal seria torcedor do Palmeiras e, o tal como tal, logicamente teria sua predileta definida em si. Para não dizer que era uma coisa “verde de inveja”, “verde raiva”, “verde de maldade”. Não tardou instigar Zé da Tica a entrar no assunto. Coçando um pouco cabeça, virou-se para Adolfo: “irmão, você tá doidão de absinto!”.
quarta-feira, 16 de março de 2011
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