Ciclo simples de ser traçado, esse aí. No primeiro período, atitudes dignas. No segundo, a proximidade. Depois, a luz das palavras sábias, atitudes românticas. Então a economia intelectual e estética. Do quarto em diante, o entusiasmo limitado. Veio o mau humor e a tristeza antecedendo o tédio. Orlando já não suportava aqueles cabeços oxigenados, as minissaias cintilantes ou aquelas calças coladas às fendas e saliências. Foi involuntária a audição do monólogo no qual ela tentava explicar a si própria o porquê de se ter com ele. Então juntou aquele monte de motivos. A indiferença oscilante entre aquela voz e os estridentes sons da música que ela ouvia, abatida nas batidas, meio junk, meio minimalista. Adolescente buscando o domínio no mundo dos adultos só pelos gestos, sem os compromissos. Aliás, o último gesto de Orlando fez o pelo sinal, antes de dar partida no carro e ligar uma valsa vienense...
terça-feira, 22 de março de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário