Foi no bairro Renascença e casa simples, com uma corda. Antonio Mariano, trinta e oito anos. Poucos se surpreenderam muito. Alguns amigos distantes choraram com a ausência e indignação. Tição, que morava no bairro, foi nesse final de tarde tomar umas e outras e estava do caralho (segundo relatou depois à viúva Lourdes). Entre ferramentas, todas com A.M. gravado nos cabos, havia também três promissórias vencidas a meses e uma carta de amor de ano atrás, com sinal de pouco manuseio. Nunca ninguém ousou deduzir se foi pelas dívidas ou pela paixão, aparentemente jamais concretizada. Na lápide de azulejos azuis mal assentados, hoje, lê-se apenas descanse em paz.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
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