Estercou a terra e plantou dálias estendidas. De certa maneira, ali cultivou seu mundo emoldurado por uma cerca baixa de madeira branca, onde guardava intenções metodicamente regadas todas as manhãs. Minuta da vida com um punhado de sentidos. Ali a hostilidade era o bolor, se muito forte, o Sol era empecilho. Administrava paradoxos com a lógica dos criadores. Quando não dá, muda. Crescerem, as dálias cresciam estateladas de metáforas. Miudezas que não eram dos outros, ninguém as via nem interferia. Interveio o verão sem licença certa vez, mas ele as cobriu com rendas. Sabida sutileza da continuidade perene. Quem passou logo viu que ele já não estava mais ali. Havia dálias abismadas clamando água e clemência.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
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