A perspectiva imaginária de ser pescador profissional me rendeu fragmentos. Não tanto quanto no dia em que me imaginei jogador de futebol, com as respectivas meias, chuteiras, caneleiras e bola de couro, oficial. Foram entulhos outros, porque a expectativa não se restringia aos caniços, anzóis, linhas e chumbadas de muitos pesos. Havia a vida. A cabana na beira do rio com sua mesa tosca, um filtro para a água potável, um colchão sobre a cama ordinária e lenhas, guardadas no interior do lar para não umedecerem com as chuvas eventuais. Achei atraente a possibilidade de atracar a fuga de uma rotina besta com a âncora dispersa nas águas correntes. Tenho ainda hoje o molinete, carretilha pesada e alguns anzóis a menos. A frustração foi a de não ter fisgado nenhum peixe.
terça-feira, 10 de janeiro de 2012
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