Pena as lufadas de maus pensamentos terem passado pela minha cabeça. Quando pedi um tempo para pensar, já não havia o apoio de ninguém. Apareci na praça apenas para desaparecer corpo adentro daquele ônibus enorme, reaparecer na janelinha, olhar os bancos, as árvores, rememorar os dias e sumir pra sempre. Não quis assumir a paternidade porque não sabia se o filho era meu. De família, de família, só eu sabia de qual família era Eduarda, mas eu não tinha razão. A razão estava nas caras que me olhavam com ódio e desconfiança. Um pouco tarde, quando eu já estava longe, mas Deus me ajudou, como ajudou aquele loiro da farmácia, que se matou com um tiro. A criança, aí, sim, viram todos, era a cara dele.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário