Atrás do embaçado vidro e da cortina de chita as árvores ficavam marrom-prateadas. Corrompidas como as estradas de acesso ao carinho entre Paula e Bebeto. Este, com mania de enxergar as verdades conforme o cargo de quem as dizia. Aquela, acreditando em todas elas. Não poderiam mesmo reascender aquele fogo robusto dos propósitos comuns. Fosse o gerente o falastrão, e Bebeto cria que a noite estava bela. Fosse o contínuo, e nem noite seria. Mas o amor de Paula e Bebeto não se constituía bem naquela empresa de conveniência, aberta 24 horas, que ele levava para casa. “Você deve ter batido a nuca na calculadora e jamais descobriram o que se deu por dentro de seu cérebro”, ela chegou a dizer. Ele somou a observação à distância de Paula, e abriu a janela, para matizar as árvores.
domingo, 22 de janeiro de 2012
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