Fiz péssima partida prática e um gol teórico. Naquela estréia no futebol, aos dez anos de idade, havia sonhos apesar da bola. E ainda que o velho tênis puído cinderelamente se transformasse na mais mágica chuteira, acertar o ângulo superior das traves onde inexistia o travessão mais elevado foi minha modesta e decisiva contribuição à partida, não tivessem anulado meu feito. A caixinha de surpresa revelou minha desescalação para a próxima partida, quando já pensava mesmo em tornar-me técnico do time. E teria sido um exímio articulador de jogadas, não fosse a sistemática desobediência dos moleques craques. Rememorando, agora, penso que meu grande mal foi ser duro, não de caráter, mas de dinheiro. Fosse o dono da bola e não haveria limites à minha graduação no escrete. Exceto por um fato: aquele time se desfez quando o centroavante e os dois zagueiros, todos irmãos, se mudaram com a família para a Araçatuba.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
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