Fácil da primeira orelha ao prefácio, Iolanda era assim exposta: escrita por muitos, vista, revista, tomada de si feito um livro aberto. Falsa na folha de rosto, repleta de dedicatórias, com epígrafe de cézares, robertos, carlos, louros, morenos e calos. Suas vestes sumárias, tatuagens de ilustrações, abreviaturas e siglas quase sempre abriam margens a agradecimentos. Havia em si um quê subentendido de introdução iminente. Já na página capitular viam-se as lentes azuis sobre os olhos castanhos. O fólio dava pistas para que chegassem a ela, já suas notas, de dinheiro fácil ou de rodapé, revelavam manias, vícios, gostos e desejos. No posfácio, um cigarro aceso, outro gole de champanhe. E Iolanda espalhava o glossário às amigas, todas íntimas. Sim, havia erratas, como em quase todas as coisas feitas com papéis.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
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