quinta-feira, 21 de junho de 2012

Telefone

Telefone! Essa hora! Na cama, eu já embaralhava as linhas das páginas e criava outras histórias com as palavras avulsas, transformando em onírico o livro físico. Minha mulher, ressonando, abriu os olhos com a visão do desapontamento. “Algum mala”, disse ela, “você atende?”. Pensei pelo braço, puxei do gancho. Mais pelo silêncio da campainha que pela curiosidade. “Alô...”. E, não, o Valdir não estava, sequer morava nos nossos sonhos.

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