Suportava a responsabilidade. Assim não levava muito a sério nem a si, nem nada do que fazia. Por suposto, Tiago jamais se preocupou ou sequer pensou no sentido ou objetivo de sua existência. Tinha, lá, seus esparsos ideais, que lhe orientavam as ações ou determinavam seus juízos. Mesmo a fortuna não via senão como uma finalidade irrisória. Achar o belo nas coisas e a felicidade, ainda que às gotas, sim, faziam parte de seus propósitos. Mas eram tão secretos, que às vezes pareciam egoístas. Depois de tanta comunicação obrigatória com as gentes, tornou-se definitivamente um apurado esboço de saudável solidão.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
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