Pedimos licença para entrar no quarto de Gumercinda. À parede frontal vemos um enorme pôster do ator Brad Pitt, sorrindo para ela. Há uns coraçõezinhos recortados de revistas, ladeando o “santuário”. A cama está desfeita, com lençóis displicentes e um travesseiro carcomido fora de sua posição original. Há um fone de ouvido sobre ele, cujo fio leva a um telefone celular cor de rosa, cheio de pequenos adesivos. Um móbile com figuras de algumas garotinhas espaciais toma quase todo o lado esquerdo, entre a cama uma espécie de penteadeira, do teto ao chão. Na tal penteadeira há uma infinidade de brinquinhos, pulseirinhas, cremes para todos os tubos e frascos variados de perfumes e desodorantes, além de um computador adesivado com seu nome em letras fluorescentes. No guarda-roupa, meio aberto, podemos ver seu vestido da festa dos quinze anos. Além dos incontáveis vestidinhos pretos que passou a usar quando fez dezoito. Mas Gumercinda não está por aqui. Desde que passou naquela faculdade particular de medicina tem freqüentado muitas festas, e às vezes nem consegue chegar em casa...
segunda-feira, 27 de junho de 2011
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