Enquanto lia Lima Barreto tive a mesma impressão de ouvir Ben Webster, em Caravan. Acho que foram as singularidades ou o diabo de uns saltos no cérebro, aos quais me desculpava por não ter feito isso antes. A dor e o riso eram de amargar, salvo melhor juízo. Na aparência de besta, vi e ouvi enfarofar reparos que a vida nos concede quando arriscamos um palpite. Por que justamente aquelas opções se puseram juntas, se as combinações possíveis são impossíveis? Infinitas? Malandragem de Deus que decidiu me tirar um sarro; pensei; antes de quase rezar, para agradecer-lhe o “nada consta”. E fiquei com um gosto de novidade antiga. Quero ver montar-se a mais fácil das combinações futuras, quando agarrar, sei lá, um oposto João do Rio e um insano Keith Jarrett. Desses lamentáveis incidentes, que às vezes transformam-se em essência da arte. Pedante como o pisão de um elefante.
quinta-feira, 16 de junho de 2011
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