O médio em riste. Um rompante esticado pela janela do carro. Trajetórias de fúrias. Disputa anacrônica por uma ultrapassagem. Retrovisores emparelhados. Bizarros olhares em disputa por superações. Propulsão sincrônica. Bombas relógio. Uma espessa falta de sentidos à mínima proximidade. Ruído esplendoroso. Traições dos pneus às retas óbvias. Sinuosidades répteis marcadas no asfalto. Milhares de mínimos pedaços de vidros improvisados reluzindo sobre a pista. Uma roda roda muda virada para céu. Uma universal incapacidade de durar. Uma cena feita agora de silêncios. Pelas janelas, nenhum dedo, só visões horripilantes.
sábado, 19 de maio de 2012
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