Empurrou a manteiga rumo ao marido, mas não partiu o pão. Sequer a faca, sempre cedida por Carla, possuiu seus dedos, para chegar às mãos Josélio. Houve silêncio, café requentado, recusa da carona até o ponto de ônibus. Seguiram como sombras sobre o tapete quase persa da sala, num desdém tácito ao cumprimento das obrigações cotidianas. Nenhum desvario romântico aos cheiros mútuos dos perfumes, um até mais de menos. Meio dia, duas horas, quatro e os visores digitais dos celulares permaneceram escuros: sem ligações ou mensagens. Ela engoliu a contragosto um remédio para o tédio irremediável. Ele jogou com o estereótipo, e ligou a televisão para inserir o futebol em seu mundo. A jantarem junto, lanches, montados na medida das fomes individuais. Carla e Josélio viveram um dia daqueles...
sábado, 26 de maio de 2012
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