Incessantemente inepto, Olegário, por bem pouco, não atingiu a perfeição do grotesco. Repetia a estupidez com tal frequência, que tornava irremissíveis as absurdas realidades criadas. “Sofro de mania diagnóstica”, dizia sonso, sempre que tentava justificar sua postura enxerida. Capaz de maldizer defuntos nos velórios, difamar noivas nos casamentos ou profetizar catástrofes aos recém-nascidos, Olegário atingiu o ápice da ostentação da parvoíce quando, aos berros, indagou ao motociclista moribundo, estirado no asfalto, imediatamente após o acidente, se “não tinha visto que o sinal estava vermelho”.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
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