Fina flor do Jardim Roseiral, Hortênsia era toda perfume. Vida espinhosa, apesar da onda de milagres que lhe floresciam, tanto no trabalho colorido de arranjadora de buquês, quanto no amor dos filhos ainda em botão. Contou que fez bem em deixar Germano, o jardineiro infiel. Fez melhor ao podar os cactos de seus contatos. Adubou de vez, quando tratou de replantar sementes naquele bairro, terra nova para doar e receber banhos de abundância. Aclimatava o sustento com brotos de simpatia, regados logo cedo, quando o Sol nascia. E feito estaca de responsabilidades múltiplas, fertilizava ações e germinava alegrias. Irrigava as mutações com gotículas de um otimismo visceral. Vivia, assim, a polinização do bem, enquanto dádiva de solo fértil. Não havia, ali, quem não se encantasse com a cor e com a presença de Hortênsia. Flor, se parecia com um imenso jardim.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
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