Febris espasmos chacoalhavam os braços daquele homem, deitado há dias no leito de enigmática doença. Às vias da regra seria, quem sabe, uma malária ou qualquer dessas moléstias tropicais. A moleza serviu de sinal, mas o diagnóstico não pode se completar, porque Idalice, que era quem lhe cuidava da vida, foi embora na véspera dos primeiros sintomas. Devorado, sem decifrar o motivo, ele pensou primeiro num gestozinho chantagista, mas aquela ausência, horas depois, já lhe enchia de sintomas. Que fora canalha com Idalice bem sabia, como não duvidava que bêbado quase ninguém lhe compreendia, mas daí a Idalice ser vista por outros olhos havia um mar de inquietações, uma inflamação da alma ou irritação do cérebro. Conjunto de dados que pouco contribuía para sua cura do mal do amor.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
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