domingo, 4 de dezembro de 2011

Batata!

Batata! Sempre um pateta. Quatro goles depois, e pronto. Não consta nas legendas, porque não aparece nas fotos, quase sempre absorto em algum dos milhões de cantos, fora de hora e do ângulo. Astro errante, que vagueia por certa privada ou pé de árvore, na busca da urina eterna em festinhas sociais, bares ou leves porres. Suspeitam de incontinência, mas os úmidos ureteres alambicam a bexiga frouxa assim que o trago passa a garganta. Não, não mija pra trás: o líquido é fogo. Surge abundante em vezes, ainda que insignificante em quantidade: feito o cão que demarca ou a garoa abobalhada antes da chuva. Às vozes que clamam respeito e higiene, lamenta com a atávica insensatez dos tolos: “não deu pra segurar!”.

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