Garantia é tia da obrigação, irmã da intenção, mãe da segurança. É obter tonalidade, sem perder a cor, incursão no projeto. Jorjão era assim. Definia as coisas com ares retóricos de uma certeza absoluta em tudo o que dizia Por dedução, falava merda. Seu pendor tendencioso às próprias verdades invalidava as observações alheias, até o dia em que Nayara o fez tropeçar em suas certezas. Com uma indiferença budista e resolução de gerente de fábrica coreana, a moça criou amplitude nos intervalos das falas, e deixou Jorjão remoendo suas próprias assertivas. E foram, e sempre e com tal vazio, que o moço não queria nem mais ouvir sua própria expressão. Cansou-se de si. Contam que emudeceu, para o bem da dialética.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
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