segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Etrusca

Etrusca, búlgara ou eslava sonsa, Rosiclene dava ares importados à desimportância de suas conversas soltas. Presa dos desejos bêbados e loucos de homens avessos, movia-se erótica na justeza flácida de micro-roupas, quase sempre de última moda das estações equívoco-verão ou outono-inferno. Deu-se que se recusou a dar-se; porque naqueles dias; a Marquinho Tinho, dono da boca. Então etrusca, búlgara ou eslava não lhe valeram lhufas. O malacabado sucedâneo de exportações exóticas para naturalidade em berço improvisado, no qual nascera em barraco, na própria vila, levaram Tinho à súbita decisão nacionalista: “Aí, Mina, aqui é nóis na preservação das ‘espécie’ nativa. Demorô. Nóis é chuchu que dá na terra mesmo, morou?”.

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