Vida campesina e seus bucolismos. A maledicência voando, de fofocas em fofocas, como pássaros silvestres. Vizinho de cerca interessado em pular a cerca com a vizinha de cerca, feito carneirinhos contados, antes do sono. Desejos mútuos de colheitas fracas ou quem sabe uma geada apenas do lado de lá: o campo branco de névoa e o preço da terra, de repente, baratinho pela quebra. Tramas de pragas, simples, tal colcha de retalhos de tecidos capazes de levantar coceiras. Mas muita camaradagem, na necessidade. Um cafezinho coado à hora, biscoitos quentes, doces de leite e sidra. Na precisão, o conforto. Nenhum despropósito, a propósito.
domingo, 25 de março de 2012
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